Investimento de R$ 5 bi da Natural Energia será apresentado em audiências públicas à população do Vale do Paraíba em julho; projeto prevê a contratação de 2 mil pessoas para a construção, que deverá durar 42 meses
 
A Natural Energia investirá R$ 5 bilhões na construção de uma usina da transição energética, a UTE São Paulo, projeto que tem como objetivo garantir a segurança energética do País, especialmente na Região Sudeste e garantir a viabilidade da expansão das renováveis. A UTE São Paulo terá capacidade instalada de até 1.750 MW e utilizará inicialmente gás natural em sua operação.
 
A UTE São Paulo deverá gerar 2 mil empregos diretos. O empreendimento priorizará a contratação de mão de obra da região, o que abrirá importante oferta de trabalho para os moradores de Caçapava e cidades próximas. Além de criar milhares de postos de trabalho, o projeto permitirá também a criação de diversas oportunidades para fornecedores de bens e serviços da Região do Vale do Paraíba. Na fase operacional, milhares de empregos indiretos poderão ser criados com a vinda de novas empresas para o Estado, tais como data centers, hospitais, industrias, shopping centers entre outras.
 
A usina será instalada na região do distrito industrial de Caçapava, no interior de São Paulo, e está em fase de licenciamento ambiental junto ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama).
 
O Estudo de Impacto Ambiental e o Relatório de Impacto do Meio Ambiente (EIA-Rima), documento que detalha todo o projeto, foi desenvolvido ao longo dos últimos anos e será finalmente apresentado à população nos dias 2 e 4 de julho, em audiências públicas que serão realizadas nas cidades de Caçapava e São José dos Campos. Será a primeira vez que a Natural Energia terá a oportunidade de explicar em detalhes o porquê de o projeto ter viabilidade ambiental para ser instalado na região.

Recursos Hídricos

O projeto recebeu do Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), órgão do Governo do Estado de São Paulo, a declaração de viabilidade para captação da usina. Devido a nova tecnologia que permite o uso de refrigeração a ar, o volume de água necessário será menor que outras usinas e menor, inclusive, a muitas outras captações existentes na região.

“A UTE São Paulo será estratégica para ampliar a segurança energética do País, pois será acionada sob demanda em momentos de pico de consumo na região Sudeste, conforme determinar o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Todos os estudos socioambientais realizados pela Natural Energia mostram que o projeto tem viabilidade econômica e ambiental, e ajudará o desenvolvimento sustentável da região como base importante do setor elétrico brasileiro”, afirma Luisângelo Costa, diretor Institucional da Natural Energia.

“Embora haja essa emissão de dióxido de carbono é importante destacar que esse volume é uma fração das emissões observadas com o desmatamento no Brasil, por exemplo, que atualmente chega a 2,4 bilhões de toneladas de COpor ano. Estamos falando de uma emissão de carbono muito inferior à de outros combustíveis, como carvão, gasolina e Diesel. A UTE SP não terá emissão de poeira ou outros gases relacionados com a poluição do ar nas cidades. Outro dado importante é que a emissão de gases de efeito estufa do conjunto do setor elétrico brasileiro no ano passado baixou, o que faz com que o setor tenha baixíssimo impacto em termos de emissões.”, comenta o diretor.

O projeto da UTE São Paulo prevê medidas mitigadoras dentro do Programa de Monitoramento da Qualidade do Ar. Essas ações incluem a instalação de uma estação de monitoramento da qualidade do ar na região, em localização ainda a ser definida de forma conjunta com o órgão ambiental. A instalação da estação visa reforçar o monitoramento do ar na região, que atualmente não conta com uma estação desse tipo. Além disso, no empreendimento está previsto o monitoramento contínuo na fonte de emissão, garantindo o atendimento aos limites estabelecidos nas resoluções ambientais vigentes.

Ficha técnica

Nome: Usina da Transição Energética São Paulo

Localização: Caçapava, São Paulo

Investimento: R$ 5 bilhões

Capacidade Instalada: 1743,8 MW

Combustível: gás natural (pode operar futuramente com biogás e hidrogênio)

Contratações: geração de mais de 2 mil vagas diretas e indiretas na construção e milhares durante a operação

Prazo de construção: 42 meses

Tecnologia: Turbinas a gás de última geração

Eficiência: 43% no caso de ciclo simples (geração apenas com turbina a gás) e 65% no caso de ciclo combinado (geração com turbina a gás e com turbina a vapor);

Etapa atual: Proposição do projeto para obtenção da licença prévia.

Depois da Licença: Após a obtenção da licença ambiental prévia, o projeto estará habilitado para participar do leilão de reserva que será realizado pela Aneel. Caso consiga ganhar o leilão, o projeto pedirá a licença de instalação e somente após a liberação desta, dará início às obras.

 
fonte e imagem: @fsbcomunicacao