Recursos Hídricos
O projeto recebeu do Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), órgão do Governo do Estado de São Paulo, a declaração de viabilidade para captação da usina. Devido a nova tecnologia que permite o uso de refrigeração a ar, o volume de água necessário será menor que outras usinas e menor, inclusive, a muitas outras captações existentes na região.
“A UTE São Paulo será estratégica para ampliar a segurança energética do País, pois será acionada sob demanda em momentos de pico de consumo na região Sudeste, conforme determinar o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Todos os estudos socioambientais realizados pela Natural Energia mostram que o projeto tem viabilidade econômica e ambiental, e ajudará o desenvolvimento sustentável da região como base importante do setor elétrico brasileiro”, afirma Luisângelo Costa, diretor Institucional da Natural Energia.
“Embora haja essa emissão de dióxido de carbono é importante destacar que esse volume é uma fração das emissões observadas com o desmatamento no Brasil, por exemplo, que atualmente chega a 2,4 bilhões de toneladas de CO2 por ano. Estamos falando de uma emissão de carbono muito inferior à de outros combustíveis, como carvão, gasolina e Diesel. A UTE SP não terá emissão de poeira ou outros gases relacionados com a poluição do ar nas cidades. Outro dado importante é que a emissão de gases de efeito estufa do conjunto do setor elétrico brasileiro no ano passado baixou, o que faz com que o setor tenha baixíssimo impacto em termos de emissões.”, comenta o diretor.
O projeto da UTE São Paulo prevê medidas mitigadoras dentro do Programa de Monitoramento da Qualidade do Ar. Essas ações incluem a instalação de uma estação de monitoramento da qualidade do ar na região, em localização ainda a ser definida de forma conjunta com o órgão ambiental. A instalação da estação visa reforçar o monitoramento do ar na região, que atualmente não conta com uma estação desse tipo. Além disso, no empreendimento está previsto o monitoramento contínuo na fonte de emissão, garantindo o atendimento aos limites estabelecidos nas resoluções ambientais vigentes.
Ficha técnica
Nome: Usina da Transição Energética São Paulo
Localização: Caçapava, São Paulo
Investimento: R$ 5 bilhões
Capacidade Instalada: 1743,8 MW
Combustível: gás natural (pode operar futuramente com biogás e hidrogênio)
Contratações: geração de mais de 2 mil vagas diretas e indiretas na construção e milhares durante a operação
Prazo de construção: 42 meses
Tecnologia: Turbinas a gás de última geração
Eficiência: 43% no caso de ciclo simples (geração apenas com turbina a gás) e 65% no caso de ciclo combinado (geração com turbina a gás e com turbina a vapor);
Etapa atual: Proposição do projeto para obtenção da licença prévia.
Depois da Licença: Após a obtenção da licença ambiental prévia, o projeto estará habilitado para participar do leilão de reserva que será realizado pela Aneel. Caso consiga ganhar o leilão, o projeto pedirá a licença de instalação e somente após a liberação desta, dará início às obras.