Por Gustavo Neves, economista e assessor da Plátano Investimentos  

Com a crise causada pela pandemia a reinvenção foi geral, inclusive no momento de escolher aplicações financeiras.

Foi um ano desafiador para o mercado de ações. O IBOV operava na casa dos 119 mil pontos pré-crise e mergulhou para os 61 mil. Hoje, o mercado caminha para zerar a desvalorização do ano e as perspectivas seguem otimistas, ainda que enfrentemos períodos difíceis.

Muitas empresas optaram pelo financiamento de seus projetos no próprio mercado de ações via IPOs – Ofertas Públicas Iniciais, como Petz, Locaweb e Rede D´Or, todavia ainda não passamos de 50 IPOs ao ano, enquanto os EUA tiveram 23 em apenas uma semana de setembro, para se ter uma ideia de quanto ainda vamos crescer.

Gustavo Neves, economista e assessor de investimentos da Plátano Investimentos – XP Investimentos de SJCampos

O Brasil volta a receber fluxo estrangeiro, no início de dezembro a entrada estava positiva em US$ 6 bi e, caso o Congresso aprove as reformas necessárias, poderemos atrair um volume ainda maior.

É aguardada também uma nova onda positiva nas commodities no mundo e os principais beneficiados serão os países emergentes – como o Brasil, que poderá impulsionar a Bolsa a terminar o ano nos 131 mil pontos, de acordo com analistas do mercado.  

Todos esses ingredientes são grandes motivadores para convencer o brasileiro de que existem investimentos mais atrativos e rentáveis do que a poupança, que passou a ter rentabilidade real negativa. E esta será a caminhada de 2021, com a esperada retomada da economia global, projeções otimistas sobre vacinas contra a Covid – 19 e os EUA sob o comando de Biden.