Os dois quiosques Arte de São José, na Orla do Banhado, completam nesta quinta-feira (9) um ano de funcionamento gerando renda para as artesãs que trabalham no local.

Ao todo, 13 artesãs selecionadas por edital trabalham e expõem seus produtos nos quiosques em sistema de revezamento. A partir desta semana até o final de dezembro, o local passa funcionar de quarta a sábado, das 9h às 18h.

A figureira e artesã Maria de Lourdes de Jesus Souza comercializa seus produtos há 3 meses no quiosque e diz que garantiu uma renda extra para família. Moradora da Vila Santa Cruz, Maria descobriu a vocação para o artesanato há 4 anos em cursos realizados na comunidade.

“Não sabia enfiar nem linha na agulha”, conta, dando risada. “O quiosque para mim foi uma grande oportunidade. Quando não vendo, recebo encomendas. Tenho um grande orgulho de trabalhar com argila e seguir a tradição das figureiras da nossa região. É uma arte que não pode acabar.”

No quiosque Arte de São José desde a inauguração, Otacilia Cândida Oliveira, com 81 anos, diz que “já perdeu a conta” de quanto tempo trabalha no ofício de artesã.

“Antes de vir para cá trabalhei na Feira do São Dimas, na Casa do Idoso, Vicentina. Adoro trabalhar aqui, pois tem mais estrutura. É bem tranquilo e as vendas vão bem.”

Também expondo no local desde a inauguração, Eugênia Fidelis Almeida, já conquistou prêmios em concursos de artesanato e está “muito satisfeita” com as vendas.

Foto: Claudio Vieira/PMSJC

Eugênia descobriu em 2013 o artesanato depois que um médico lhe deu seis meses de vida. Ela conta orgulhosa a sua trajetória.

“Pensava que teria só alguns meses de vida. Me tranquei no meu quarto e cortei as minhas roupas para fazer vestidos de boneca. Lembro quando meu marido me pegou para ir ao médico eu só tinha a roupa do corpo. Mas o diagnóstico estava errado. Foi quando uma artesã viu os vestidos que eu fazia e meu deu muita força”, conta Eugênia, emocionada.

“De lá pra cá, não parei mais. Passei a fazer vestidos de noiva e novos acessórios para as bonecas. Ganhei prêmios e já fui capa da Revista Veja.”

Pandemia

Quatros meses depois da inauguração em dezembro de 2020, o movimento nos quiosques sofreu uma queda com o início da pandemia. “Foi um período bastante difícil, mas estamos recuperando aos poucos. As vendas estão melhores”, conta Neusa Martins, que trabalha com panos de prato, caminhos de mesa, bordados, entre outros produtos.

Foto: Claudio Vieira/PMSJC

Nos quiosques é possível encontrar variados tipos de artesanato em madeira, soldagem, bordado, crochê, costura em retalhos, fuxico, patchwork, torção, macramê, entre outros.  Não são admitidos produtos industrializados.

Fonte: José Roberto Amaral Secretaria de Inovação e Desenvolvimento Econômico PMSJC